A pesquisa revela que 42% dos brasileiros não conhece esta condição
No mês da prevenção do diabetes, a Merck, empresa alemã líder em ciência e tecnologia, apresenta a pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência sobre o conhecimento da população brasileira sobre o pré-diabetes, uma doença que foi diagnosticada, pode ajudar a atrasar e, em alguns casos, até mesmo evitar a evolução para a diabetes, doença crônica, sem cura. Embora a estimativa é de que cerca de 15 milhões de pessoas convivem com pré-diabetes no Brasil, a pesquisa mostra que 42% da população desconhece a condição.
A investigação foi levada a cabo em outubro, com 2 mil brasileiros para identificar o grau de conhecimento sobre o tema e suas causas. O objetivo é alertar e ajudar na prevenção do diabetes, que atinge 8% da população brasileira e cresceu em mais da metade nos últimos 10 anos. Apesar dos números alarmantes, apenas 42% dos participantes da pesquisa acreditam que, quando não tratada, a pré-diabetes pode levar a doença.
“O pré-diabetes é uma categoria de risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus. Conhecê-lo é importante para tentar reverter alguns quadros com as mudanças de hábitos e controlar o desenvolvimento da doença”, afirma o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e coordenador da disciplina de Endocrinologia e Metabologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, o Dr. João Eduardo Nunes Salles.
Entre as pessoas com diabetes envolvidas na pesquisa, 47% não tiveram o diagnóstico de pré-diabetes. “Essas pessoas ficaram sem uma segunda chance para evitar uma doença para se preocupar pelo resto da vida”, afirma o médico.
Outros dados da pesquisa indicam, também, que poucas pessoas conhecem os fatores de risco para a diabetes: 76% acreditam que a simples ingestão de doces isolada, já que é a causa do aparecimento da doença, enquanto apenas 34% sabem que a pressão alta é um agravante. “É importante que as pessoas saibam que o que leva ao pré-diabetes são múltiplos os fatores de risco combinados como o excesso de peso, sedentarismo, antecedentes familiares e a rotina alimentar”, afirma o Dr. Salles. A pesquisa mostra, ainda, que 55% dos brasileiros estão na faixa do excesso de peso, o que de forma isolada, já que é um fator causal importante, e 66% não praticam atividade física de forma regular.
Entre as recomendações para evitar o desenvolvimento de pré-diabetes, está a mudança de estilo de vida com hábitos alimentares e a prática de atividade física para a perda de peso. O acompanhamento com o médico endocrinologista e nutricionista também são essenciais durante esta jornada. Em alguns casos, além da adoção de tais medidas, o especialista pode receitar também um tratamento com medicamentos. “A Merck vem trabalhando para aumentar o estado de alerta na pré-diabetes em busca de diminuir o crescimento acelerado da diabetes em Portugal. A informação é uma ferramenta importante na mudança de hábitos e isso é o que buscamos com a apresentação da pesquisa”, afirma o gerente médico da empresa, Dr. Marcos Cataldo.
Principais idéias sobre o pré-diabetes
O termo é utilizado para definir a categoria de risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus. A sua identificação é feita através da medição dos níveis de glicose no sangue (glicemia): quando estão mais elevados do que o considerado normal, mas não o suficiente para estabelecer um diagnóstico de diabetes. Estima-Se que cerca de 70% dos indivíduos com glicemia de jejum alterada e/ou tolerância à glicose diminuída, quando não tratados, desenvolvem o diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Siga alguns números sobre esta condição:
- 42% da população desconhece o termo e suas consequências
- O diagnóstico de pré-diabetes pode ser uma segunda chance para evitar a evolução para a diabetes1, doença que tem crescido 61,8% nos últimos anos no Brasil2
- As pessoas com diabetes, 47% não receberam um diagnóstico de pré-diabetes
- Fatores que representam um risco para o desenvolvimento de pré-diabetes também são desconhecidos pelos brasileiros
- 55% dos brasileiros estão na faixa do excesso de peso e 66% não praticam atividade física de forma regular.
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Shutterstock
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Fonte: guiadafarmacia.com.br/pesquisa-aponta-desconhecimento-de-pre-diabetes