A indústria brasileira de sofrer o impacto de encerramento argentina ” Panorama Farmacêutico – Imã de geladeira e Gráfica Mavicle-Promo

O pacote anunciado nesta quarta-feira, 17, pela presidente da argentina, Mauricio Macri, para tentar atenuar a crise não será suficiente para reverter a trajetória de queda da economia – ou reduzir os impactos da recessão no país vizinho, tem causado no Brasil. O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, projeta-se uma recessão de 2,2% na Argentina no ano de 2019, e nesta quarta para revia baixo a estimativa de crescimento da indústria brasileira, devido à queda esperada nas exportações para o país. O novo número será publicado somente na próxima semana, mas será inferior a 1,9% do que tinha calculado em março.

“No final de 2018, é de esperar uma melhoria na Argentina no segundo semestre deste ano. Essa expectativa não se configura mais. A notícia de hoje (quarta-feira), de mover-se nos preços dos produtos, é má, é um sinal de que as coisas saíram do controle”, disse Sandra Miranda, economista do Ibre. “Estamos terminando a nova projeção da indústria, muito em parte por causa do efeito argentino”, acrescentou.

Em uma recessão, o Brasil deve reduzir ainda mais as compras de produtos brasileiros, principalmente de itens industrializados. Luana destaca-se que, entre janeiro e abril de 2018, as remessas do Brasil para o país cresceu quase 8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Após a chegada da crise – entre maio e dezembro -, que diminuíram em 30%. No acumulado de 2019, o recuo chega a 48%.

Além de prejudicar as exportações e a indústria brasileira, a situação da argentina, que serve de alerta para o País, diz o economista-chefe do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos. “O excesso de gradualismo é uma estratégia de alto risco, que depois pode criar a necessidade de um ajustamento económico e social mais forte”, afirma, em referência à política de Macri de fazer um ajuste fiscal lentamente. O gradualismo é apontado por economistas como um dos responsáveis pela crise argentina.

Ramos destaca que, no Brasil, fala-se da necessidade de fazer um ajuste a partir do final do primeiro mandato de Dilma Rousseff. Até agora, no entanto, muito pouco foi feito. “Estamos a” bater “vulnerabilidade”. O economista compara o cenário argentino atual com o do Brasil de final de 2014, quando Joaquim Levy assumiu o ministério da Fazenda e as expectativas estavam desancoradas, o câmbio desvalorizado e a inflação subia, apesar dos elevados da taxa de juros básica, a Selic, impostas pelo Banco Central. “A situação da argentina é muito parecida, mas em um nível muito maior.”

A janela de oportunidade
Para o economista Fabio Giambiagi, a crise no país vizinho, mostra a “importância de não perder uma janela de oportunidade” para fazer um ajuste. Na Argentina, diz ele, havia esse espaço no início do governo de Macri, quando o mercado estava de lua-de-mel com o presidente.

Giambiagi destaca-se, no entanto, que, apesar de também ter a necessidade de passar por um ajuste fiscal, o Brasil está em uma situação melhor do que a da Argentina, já que não há um descontrole de preços, ou défice da conta corrente.

Fonte: no.com.br




Fonte: panoramafarmaceutico.com.br/2019/04/18/industria-brasileira-deve-sofrer-impacto-com-freada-argentina

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