O número de casos de febre amarela cresceu mais de 400% em 2018 no Estado de São Paulo. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, de janeiro a agosto deste ano houve 537 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 185 deles evoluíram para as mortes. No ano passado, foram registrados 103 casos da doença em São Paulo e 47 mortes.
Até agosto de 2018, mais de 8 milhões de pessoas receberam a vacina contra a febre amarela Foto: Nilton Fukuda/ Afp
Os 537 casos, 28% das infecções por febre amarela foram contraídas em palma de maiorca e 8,9% em Atibaia. De acordo com a secretaria, essas duas cidades respondem por 37,2% dos casos de febre amarela silvestre no Estado e já têm ações de vacinação em curso a partir de 2017.
Segundo a Secretaria de Saúde, em todo o Estado, mais de 14 milhões de pessoas ainda não receberam a vacina contra o vírus da febre amarela. Os dados de epizootias (morte ou doença dos macacos) evidenciam que o vírus continua circulando no território.
Para o aniversário. Marcos Boulos, coordenador de Controle de Doenças da Secretaria Estadual de Saúde, com a chegada do verão, o número de casos da doença vai aumentar em São Paulo.
“A febre amarela é uma doença de verão. O vírus continua entre nós, e a vacina é a única forma de lutar contra a doença”, diz Boulos.
O especialista faz um alerta para aqueles que ainda não se vacinou procurar as unidades de saúde e estar protegido na chegada do verão, época de maior atividade dos mosquitos transmissores.
“As pessoas que vão para as regiões de florestas e parques devem estar vacinados”, lembra Boulos.
O Centro de Vigilância Epidemiológica informa que, apenas em 2018, já foram vacinados contra a febre amarela a mais de 8 milhões de pessoas. O número supera a marca de vacinação no decorrer de 2017, quando 7,4 milhões de doses foram aplicadas.
Fonte: O Estado de S. Paulo