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“A Política de preço é um sinal do nosso atraso”

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Fonte: O Estado de São Paulo

O economista Roberto castello Branco, novo presidente da Petrobras a partir de janeiro, é considerado um dos homens de confiança de Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia. O jornal o Estado de S. Paulo, Eduardo Branco, se posiciona totalmente contra a política de controle de preços dos combustíveis, que foi adotada pelo ex-presidente do brasil, Dilma Rousseff. “Não se vê a política (de preços) para a carne e o arroz, por exemplo. Porque isso simplesmente é o mercado”.

Em maio, os motoristas pararam o País por causa do reajuste do óleo diesel. Você acha que esse assunto tem sido bem conduzido pelo governo?

Não sei, porque não tenho participado. Prefiro não opinar. Mas a raiz disso está na farra de crédito subsidiado do BNDES de 2007 a 2014. Isto, unido à má condução da política econômica, levou o País a uma recessão brutal, afetando o setor de transporte de cargas.

O subsídio ao diesel tem que ser repensado?

A subvenção não resolve nenhum problema. Pelo contrário, acaba criando outros. Temos um sério problema de desequilíbrio fiscal. Não se recomenda que se mantenham as subvenções como um todo. Vamos discutir essa questão mais adiante.

E a política de preços dos combustíveis?

Acho horrível falar da política de preços. Isso é um sinal do nosso atraso. Não se vê a política (de preços) para a carne e o arroz, por exemplo. Porque isso simplesmente é o mercado. O ideal é que tenhamos vários players de mercado e que cada um decida o que é melhor para seus clientes. É o livre mercado.

O sr. que já tem a idéia de que os ativos podem ser vendidos pela empresa?

Vamos avaliar. Os detalhes serão discutidos depois de uma revisão cuidadosa.

Parte das ações da BR Distribuidora já é negociado na Bolsa de Valores. O governo pode se livrar de uma fatia maior da empresa?

Vamos decidir depois. A Petrobras deve vender ativos que não fazem parte do core business. Prefiro não especular.

O Equipamento, da empresa de gás de cozinha, chegou a ser vendida, mas o negócio foi preso pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Esse é um ativo que não tem sentido a Petrobras ter em sua carteira. O mercado de distribuição de gás liquefeito de petróleo ao consumidor é concentrado. Vamos encontrar uma forma de colaborar para a descentralização, para não acentuar essa concentração.

Privatizar refinarias está no radar?

É algo que pode ser estudado. Há uma distorção, onde uma única empresa possui 98% do negócio. É uma anomalia.

Há uma corrente mais liberal que defende a privatização da própria Petrobras…

Privatizar a Petrobras, neste momento, não está em discussão. Não tenho nenhum mandato do presidente Jair Bolsonaro para fazer isso.

Outro tema defendido pelo mercado é a ruptura do monopólio do setor de gás canalizado.

Estes assuntos devem ser tratados, mas não implicam exatamente só a Petrobras. Envolvem políticas públicas, no Congresso. Podemos dar a nossa contribuição com idéias, mas não depende da Petrobras. O gás natural é uma fonte de energia que ainda é pouco tocada no Brasil. Temos um grande potencial de produzir em grande escala e atrair investimentos.

O sr. afirmou que o foco da Petrobras deverá ser em exploração e produção. O modelo Que deve prevalecer neste processo?

Eu sou favorável a que se tenha um único regime de exploração da concessão para o mercado como um todo. No Brasil, há três regimes: concessão, partilha e tem, ainda, a cessão onerosa. Eu tenho uma forte preferência por um único regime. Da concessão. Ponto.

O sr. é considerado o modelo mais atraente para os investidores?

Acho que os investidores gostam mais do regime de concessão. Temos que tornar o País mais atraente para fazer negócios. Isso significa mais emprego, mais renda, e a construção de uma nação próspera.

Qual será o papel da Petrobras no próximo governo?

Será de uma empresa estatal séria e produtiva que contribui definitivamente para o desenvolvimento do País. Vamos investir mais no pré-sal, atuar em setores-chave, e vender tudo o que tem que ser vendido. No Chile, temos o exemplo da Codelco, a maior produtora de cobre do mundo, que convive com outros participantes no mercado global e contribui para o desenvolvimento da economia chilena. O Chile é a maior economia da América Latina. É um exemplo a ser seguido.

Fonte: www.sindigas.org.br/novosite/?p=13305

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