A aplicação do imunizante deve ser feita em duas doses com um
intervalo mínimo de seis meses entre elas
Uma nova vacina contra a meningite B, teve o registro
aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O imunizante,
chamado Trumenba, pode ser aplicado em pessoas de 10 a 25 anos de idade para
prevenir a meningite meningocócica, causada pelo sorotipo B da
a bactéria Neisseria meningitidis.
Segundo a Pfizer, a empresa que produz a vacina, a aplicação do
imunizante deve ser feita em duas doses com um intervalo mínimo de seis meses
entre elas. A vacina, que já está sendo aplicada nos Estados Unidos e na União
Europeia, tem apresentado bons resultados. “Os Estados Unidos estão usando e
ela foi capaz de evitar surtos entre os adolescentes. É uma vacina que promete
ajudar o Brasil contra uma doença grave”, disse Isabella Ballalai,
vice-presidente da Sociedade Brasileira de imunizações (SBIm).
Para os especialistas, mesmo sem uma data definida, a aprovação da
a vacina é algo positivo, especialmente porque oferece opções em casos de
desabastecimento de acção – situação que já ocorreu antes, em 2015,
quando foi lançada a primeira vacina contra a meningite B no Brasil. “É sempre
bom mais opções de imunizantes tanto para os médicos como para os pacientes já
que minimiza as dificuldades de abastecimento”, disse Sandro Artur Ostrowski,
diretor da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVac).
Disponibilidade
De acordo com Márjori Dulcine, diretora médica da Pfizer, a
data de lançamento ainda não foi definida devido a questões de regulamentação
de preço. Isso porque tudo novo medicamento licenciado tem que ter o preço
aprovado pelas autoridades governamentais antes de ser comercializado. No caso de
no Brasil, os critérios para a definição dos preços dos medicamentos são
estabelecidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que é
um órgão interministerial composto pelo Ministério de Saúde, Ministério da
Casa Civil, Ministério da Fazenda, Ministério da Justiça e o Ministério de
Economia, além da Secretaria Executiva, exercida pela Anvisa.
“De acordo com a legislação, o preço do medicamento inovador deve ter como referência o preço internacional entre uma cesta específica de países tais como Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Espanha e Estados Unidos). Com base nessa análise, os órgãos competentes decidem o valor final, já com as avaliações necessárias. Somente depois desta definição é que o produto poderá ser comercializado no Brasil”, acrescentou Márjori.
Fonte: Veja
Fonte: panoramafarmaceutico.com.br/2019/02/20/conheca-a-nova-vacina-contra-a-meningite-b-aprovada-no-brasil