Quarenta e cinco
O II Fórum ABRAIDI – Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para a Saúde – marcou o lançamento da 2ª edição do estudo “O Ciclo de Fornecimento de Produtos para a Saúde no Brasil”, com dados inéditos. Um capítulo inteiro traz números sobre a evolução dos preços médios de venda de Dispositivos Médicos Implantáveis – DMIs e derrubam a tese de que estes produtos encarecem o custo da saúde no Brasil. O evento é realizado, de 25 de abril, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.
Para a pesquisa, foram selecionados dois DMIs amplamente utilizados nos sistemas público e privado do brasil. Um dos elementos são os stents coronarianos, que ocupam o primeiro lugar de consumo na tabela do sus e da saúde suplementar, em termos de valores gastos. O outro elemento é a artroplastia total primária do joelho, que foi escolhida por ter sido estigmatizada, nos últimos anos, como exemplo negativo de distorções no sistema único de saúde e no sistema de Saúde suplementar.
No caso do stent sem fármaco, o Brasil reduziu o preço pago pelas operadoras e hospitais em 24,2%, nos últimos cinco anos, caindo de US$ 642,36 US$ 486,96. Em todos os países pesquisados, houve queda de preços no mesmo período. Nos Estados Unidos, a baixa foi de 3,0%, já no México foi de 18,3%, na Colômbia, de 18,9% e, na Argentina, de 7,9%, enquanto que na França houve uma redução de 28,5%, e na Inglaterra, de 21,6%.
Entre os stents com fármaco, a variação também foi negativa, nos últimos cinco anos, em todas as nações pesquisadas. A redução, no Brasil, foi de 20,7%. Em 2014, um stent com droga era pago pelos operadores, ou os hospitais por US$ 1.570,87, já que, no ano passado, o mesmo produto foi adquirido por US$ 1.245,28. Nos Estados Unidos, a queda foi semelhante à do Brasil, com uma queda de 20,5%. No México foi de 16,2%, enquanto que na Colômbia foi de 21,0% e, na Argentina, nível semelhante (21,1%). A redução de preços na França foi de 19,9%, e na Inglaterra, de 15,2%.
Na área de ortopedia, prótese total primária do joelho teve variação menor do que os produtos cardiológicos. No Brasil, foi de 0,9%, com o DMI se vende, em 2014, US$ 2.151,80 e depois, no ano passado, para US$ 2.131,40. Na Argentina, o percentual de redução foi exatamente a do Brasil, em cinco anos, de 0,9%. Nos Estados Unidos, a queda foi de 9,4%, na Colômbia e no México, de 2,8%, na França houve uma baixa de 2,7% e na Inglaterra, de 2,9%.
“Já perdi a conta de quantas vezes ouvi a porta-voz do setor dizem que os DMIs são os vilões de aumentos acima da inflação. Este estudo se jogue esta tese por terra. Sempre soubemos que, quando uma tecnologia, qualquer que seja, alcança a sua maturidade, o preço começa a cair e é o que temos agora testado em números”, comenta o presidente da ABRAIDI, Sergio Rocha. “Precisamos ampliar o debate e definir novos caminhos para a sustentabilidade do sector da saúde e, sobretudo, discutir o tema com os números, e não mais palpites”, propõe a Rocha.
Os dados inéditos que foram apresentados no Brasil pela ABRAIDI utilizam informações internacionais do Millennium Research Group, obtidas com exclusividade pela Associação.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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