Os criadores esperam que a solução atinja 10% das receitas do setor
Com um faturamento de R$ 50 bilhões em 2017, o mercado de varejo farmacêutico no Brasil ganhou uma nova solução em Minas Gerais. Publicado há cerca de dois meses em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Remederia é uma ferramenta para comparação de preços e de solicitação de medicamentos, que promete aumentar as vendas das farmácias e trazer conforto para os consumidores. A expectativa dos criadores da solução é que chegue em todo o Brasil e atinja 10% da receita do comércio farmacêutico.
Um dos criadores da startup que lançou o Remederia, Alípio Souza, explica que o negócio surgiu a partir da percepção de que os consumidores de medicamentos no País têm pouco tempo para comparar preços em farmácias, mas que sofrem com a diferença de valor de um mesmo produto em diferentes pontos de venda.
“Fizemos pesquisas e vimos que a diferença de preços varia até 500% em Belo Horizonte e região metropolitana. Por outro lado, as pesquisas qualitativas têm nos mostrado que o consumidor precisa para fazer uma compra rápida e, por isso, acaba de comprar no lugar mais perto de casa”, afirma.
Ele explica que o Remederia resolve esses problemas, não só porque fornece uma comparação de preços de medicamentos nas farmácias mais próximas, mas que também permite a compra através da aplicação. Como a solução ainda está rodando em sua versão piloto, as encomendas são entregues por motoboys associados à startup. Mas, o parceiro, explica que a ideia é que, em breve, o serviço utiliza a mesma lógica de Uber de motoristas ou pilotos particulares.
De acordo com Souza, o modelo de monetização da startup é a cobrança de um percentual sobre os medicamentos vendidos. Segundo ele, esta participação depende do medicamento, tendo em conta que o percentual de lucro sobre cada tipo de medicamento é diferente, como é o caso do genérico e original.
Até o momento, a solução só funciona em Betim, tem cinco farmácias registradas e cerca de 400 usuários. Nesse primeiro momento, a startup conta com um funcionário para manter os dados sobre os medicamentos e os preços atualizados, mas a meta é que a solução seja ligada aos sistemas das farmácias para que esta atualização aconteça automaticamente.
O parceiro cita os dados da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa sobre o faturamento de R$ 50 bilhões do comércio farmacêutico em 2017 e afirma que o objetivo da startup é chegar a 10% de suas receitas em um máximo de cinco anos. A expectativa é que a ferramenta chega a Belo Horizonte até o fim deste ano e, em seguida, em todo o País até 2023.
Fonte: Diário do Comércio